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25/3 – Dia da Anunciação do Senhor


25/3 – Dia da Anunciação do Senhor
“Ao anúncio de que, sem conhecer homem algum, ela conceberia o Filho do Altíssimo pela virtude do Espírito Santo, Maria respondeu com a “obediência da fé”, certa de que “nada é impossível a Deus”: Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,37-38)

Em 25/3 a Igreja celebra a solenidade do anúncio da Encarnação do Filho de Deus, ou seja, a data em que o Anjo Gabriel foi enviado a Nazaré para anunciar à Virgem Maria que ela conceberia o Filho de Deus.

O tema central desta grande festa é o Verbo Divino, que assume nossa natureza humana sujeitando-se ao tempo e espaço, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”

A solenidade é a celebração do grande mistério cristão da Encarnação do Verbo de Deus. A data de 25 de Março refere-se à concepção de Jesus, considerando seu nascimento exatamente nove meses depois.

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo:
“Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra”(Lc 1,26-38)

A catequese sempre fez coincidir a Anunciação e a Encarnação, que começaram a ser celebrados liturgicamente provavelmente depois da edificação da Basílica Constantiniana sobre a Casa de Maria, em Nazaré, no século IV. A celebração teve início no século VII tanto no Ocidente quanto no Oriente. Durante séculos, esta solenidade teve, sobretudo, caráter mariano. Mas Paulo VI devolveu-lhe o título de “Anunciação do Senhor”, repondo o seu caráter predominantemente cristológico.

Maria foi escolhida por Deus desde a eternidade para que por obra e graça do Espírito Santo concebesse ao Senhor feito homem, Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade. Quando a Virgem diz sim a Deus, ele se encarna no seio de Maria. Com alegria contemplamos o Mistério do Deus Todo-Poderoso que, desta vez, escolhe depender da palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor.

Nesta data proclamamos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E rememoramos o início de nossa redenção, devido à plenitude dos tempos. Trata-se de um momento histórico, em que o Sim do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas, este Sim não suprimiu o necessário Sim humano da Virgem Santíssima.

A Anunciação à Maria inaugura a “plenitude dos tempos” (G1 4,4) isto é, o cumprimento das promessas e das preparações que advém à nossa Redenção. Maria é convidada a conceber aquele a quem habitará “corporalmente a plenitude da divindade” (C1 2,9).

O que fazia Maria Santíssima quando o anjo chegou junto a Ela? Sem dúvida, rezava, talvez considerando a desastrosa situação na qual se encontrava a humanidade. O povo judeu havia se desviado da prática da verdadeira religião e os pagãos, a começar pelos romanos, viviam numa tremenda decadência moral. Chegara-se ao que São Paulo chama “plenitude dos tempos” (Ef 1,10).

É assim, com Maria Santíssima orando ao Pai recolhida no seu aposento, que São Bernardo descreve a cena da Anunciação, pondo em realce a importância da oração para Deus manifestar-Se. Pois uma coisa é evidente: as preces d’Ela comoveram os Céus: “A saudação do anjo, feita com tanta reverência, indica quanto as orações de Maria haviam agradado ao Altíssimo” – afirma o Doutor Melífluo.

Numa de suas meditações sobre a vida de Cristo, São Boaventura nos apresenta a jovem Maria levantando-Se à meia noite no Templo para fazer sete súplicas diante do Altar e rezando desta forma:

“Eu lhe pedia a graça de presenciar o tempo no qual haveria de nascer aquela Virgem Santíssima que daria à luz o Filho de Deus, de conservar-me os olhos para poder vê-La, a língua para louvá-La, as mãos para serví-La, os pés para ir aonde Ela mandar e os joelhos para adorar o Filho de Deus em seu regaço”.

Sua humildade a impedia de concluir quem haveria de ser essa Dama à qual desejava ardentemente servir, mas, possuindo ciência infusa e recebendo graças sobre graças, foi tecendo considerações até conceber em seu espírito, com total nitidez, a figura moral do Messias prometido. Maria “concebeu Cristo em sua mente antes de concebê-lo em seu ventre”, afirma Santo Agostinho.

Ao ver iluminar-se o aposento por uma luz sobrenatural e aparecer diante d’Ela o Arcanjo São Gabriel, Maria não deu o menor sinal de espanto. Segundo vários autores, entre eles São Pedro Crisólogo e São Boaventura, Ela estava “habituada às aparições angélicas, as quais não podiam deixar de ser frequentes para Aquela que Deus havia cumulado de tantas graças, que reservava para tão altos destinos, e que os anjos reverenciavam como sua Rainha e a própria Mãe de Deus”. Podemos, inclusive, conjecturar que o próprio São Gabriel não lhe fosse desconhecido.

Assim, dando à palavra de Deus o seu consentimento, Maria se tornou Mãe de Jesus e, abraçando de todo coração sem que nenhum pecado a retivesse da vontade divina de salvação, entregou-se totalmente à pessoa e obra de seu Filho, para servir a Ele e com Ele, pela graça de Deus, ao mistério da Redenção. Ao pronunciar o “fiat” (faça-se) da Anunciação e ao dar seu consentimento ao Mistério da Encarnação, Maria permitiu assim que seu filho cumprisse a missão a ele designada por Deus.

Texto: Lu Bacheschi

Fonte: O Mensageiro

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