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Festa da Exaltação da Santa Cruz-14 de setembro

Exaltação da Santa Cruz
O Crucificado é o centro da história humana

Pe. Francisco Sehnem, scj
No calendário litúrgico cristão há várias festas relacionadas à Cruz. Todas elas têm a intenção de relembrar a crucificação de Jesus Cristo, evento central da fé, como diz São Paulo: "Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os Judeus e loucura para os pagãos; mas para os eleitos é força e sabedoria de Deus". (I Cor 1, 23-24). A Festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro, celebra a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo da vitória de Jesus sobre o pecado e a morte.

A tradição ortodoxa narra que quando foram descobertas três cruzes em escavações em Jerusalém, para distinguir a de Jesus Cristo da dos ladrões, foi colocado o cadáver de um homem sobre ela. Ao simples contato com o madeiro, que sustentou o Salvador, ele foi milagrosamente ressuscitado. Na tradição cristã, uma mulher doente foi levada ao local das cruzes, tendo sido curada pela verdadeira cruz.

A Igreja Católica conhece a festa da Invenção da Santa Cruz, celebrada no quinto e sexto séculos, em memória da célebre aparição do sinal da Cruz, na batalha da ponte Mílvia, que deu a vitória ao imperador Constantino sobre Maxêncio,  e a festa da Invenção do Santo Lenho, pela Imperatriz Santa Helena. Segundo a tradição, a verdadeira Cruz foi descoberta em 326, por Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação a Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A Igreja foi dedicada em 13 de setembro de 335, com uma parte da cruz em exposição, para veneração dos fiéis. Em 614, os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628, retornando ao Santo Sepulcro.

A Liturgia dos nossos dias reserva o dia 3 de maio à Festa da Invenção da Santa Cruz e sua aparição na batalha acima referida. O dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz, comemora a reconquista da Cruz das mãos dos persas.

Jesus Cristo denominou sua crucificação como uma exaltação: "O Filho de Deus deve ser exaltado" (Cf. Jo 3,14). Por isso, na Festa da Exaltação da Santa Cruz, somos convidados a penetrar as profundezas de um "amor que chegou aos extremos" (Cf. Jo 13,1), louvando, agradecendo e exaltando.

Diante dos olhos, temos a imagem mais cruel do Homem das Dores e vem-nos à lembrança a causa de tanto sofrimento: todos os nossos pecados,  de Adão até o final dos tempos, estão retratados na imagem de Jesus, transfigurado pela dor, pela ingratidão, pela paixão e pelo sofrimento da humanidade. Somos convidados a meditar sobre os nossos pecados e sobre a grandiosidade do amor do Pai, "que não poupou seu próprio Filho" (Cf. Rm 8, 32), e do amor de Cristo, que demonstra ali o maior amor pelos amigos, "morrendo por eles" (Cf. Jo 15, 13).

O Crucificado é o centro da história humana. É naquela Hora que se realiza "a plenitude dos tempos" (Cf. Ef 1, 10 e Gl 4,4).  Jesus havia confidenciado que naquela hora iria atrair tudo para si. De fato, tudo se agrupa ao redor da Cruz: os povos que andam nas trevas e os que avançam ao clarão da luz eterna, a história de cada pessoa e do universo todo adquire ppleno sentido à sombra dessa cruz. É ṕor isso que São Paulo nos fala do mistério central, o centro de toda a ciência e sabedoria. O Crucificado, no mistério de sua Paixão e Morte, nos assegura o aprendizado dos seus inesgotáveis tesouros de sabedoria e ciência. Olhando para o Cristo na Cruz, tornamo-nos seus discípulos, seus alunos, seguidores dos seus ensinamentos e dos seus passos.

A Cruz nos estimula ao sacrifício, ao heroísmo e ao martírio. Nela, todos nós encontraremos uma nova inspiração e impulso evangelizador. Aprenderemos com os mártires a lição da doação até o fim.

A Cruz nos solidariza com os que sofrem: doentes, encarcerados, injustiçados, excluídos... Para todos eles, e para nós também, o Crucificado é a resposta: "Não temas! Eu venci o mundo" (Jo 16, 33).

Ao fazermos o sinal da Cruz, professamos a nossa fé. Então, que não percamos o costume de enriquecermos nossas casas, as salas de aula e os estabelecimentos públicos e comerciais com a figura do Crucificado. É um perene apelo à justiça e á honestidade. É garantia de acerto.

Ao contemplar o Crucificado, entendemos melhor seus segredos, temos mais coragem para enfrentar os contratempos da vida e nossos olhos penetram nos abismos do amor. A Cruz nos fala de um amor sem limites e sem explicações, de um amor humano-divino de total doação, Jesus Cristo.  

Fonte: Revista Brasil Cristão (setembro/2013) 


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